sábado, 19 de março de 2011

Imunógenos e antígenos: definições e características

           Imunógenos são substâncias que induzem uma resposta imune específica. Eles podem ser proteínas( a grande maioria), polissacarídeos ou ácidos nucleicos( geralmente juntos à proteínas). Para que ocorra essa imunogenicidade deve haver alguns fatores, tanto do próprio imunógeno como do sistema biológico dos indivíduos. O imunógeno deve ser reconhecido como estranho ao organismo; ter um tamanho considerável( quanto maior a molécula mais imunogênica ela será); deve ser complexa quimicamente; e ter boa degradabilidade( quando são facilmente fagocitados são mais imunogênicos). Pelos indivíduos deve ter a contribuição dos fatores genéticos, pois as substâncias podem ser imunogênicas em uma pessoa e não em outra, devido alterações nos genes necessários para apresentação do antígeno às células T auxiliares; a idade influencia  pela diminuição de elaborar respostas imunológicas, que pode ocorrer em indivíduos muito jovens ou muito idosos.  
          Antígenos são substâncias que reagem com os produtos de uma resposta imune específica. Podem ser reconhecidos pelas células T, células B ou ambas através dos receptores representados por anticorpos. A relação antígeno-anticorpo é específica, significa que cada antígeno tem o anticorpo direcionável à sua molécula. Um exemplo é a vacinação, ela induz a imunidade adquirida, pois é injetado no indivíduo antígenos de certa doença, os quais vão estimular a produção dos anticorpos que irão atacar aquele determinado antígeno. Há os antígenos T-independentes, que estimulam diretamente as células B a produzirem anticorpo sem o auxílio da célula T( são os polissacarídeos); e os T-dependentes, que necessitam das células T para estimular a produção dos anticorpos pelas células B( são as proteínas).

 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Transplante

        O transplante de órgãos e tecidos é um procedimento cirúrgico que busca substituir um órgão doente por outro normal de alguém que já faleceu. É um processo complexo, porque normalmente o sistema imune ataca um sistema estranho, sendo preciso o máximo de afinidade do receptor com o doador para reduzir essa rejeição.  Os transplantes de órgãos e tecidos são feitos de forma diferente: nos órgãos, é preciso uma cirurgia para substituir o órgão afetado por um normal ligando-o ao organismo receptor, nos tecidos as células são injetadas na corrente sanguínea onde fazem a renovação celular.
         São necessários exames de compatibilidade para realização de transplantes. Para uma transfusão sanguínea deve-se analisar os três antígenos na superfície dos eritrócitos(A,B.Rh), pois são eles que determinam a aceitação ou rejeição do sangue. Para transplantes de tecidos deve-se analisar o HLA ( antígenos leucocitários humanos), quanto maior a compatibilidade dos antígenos HLA, maior a probabilidade de êxito nos transplantes. O transplante de córnea é o mais comum e o mais bem sucedido, pois ela é raramente rejeitada porque não possui irrigação própria e os anticorpos e células do sistema imune não a atingem sendo sua rejeição menos provável que um tecido que possui grande irrigação sanguínea.

TR: tempo máximo de retirada após a morte encefálica do doador
TC: tempo máximo de conservação após a parada cardíaca

sábado, 5 de março de 2011

Participação dos órgãos linfóides secundários na resposta imunológica adaptativa

A imunidade é um conjunto de mecanismos de defesa celular com agentes que estão aptos a reconhecer e responder rapidamente à infecções. Há a resposta inata e a adaptativa. A resposta adaptativa é mais eficiente pois ela é mais específica,ou seja, os linfócitos reconhecem especificamente o agente invasor, existe a participação dos linfócitos B que produzem anticorpos, e dos linfócitos T que são as células de imunidade celular reconhecendo os antígenos e destruindo-os ou destruindo as células já infectadas, estes não produzem anticorpos. Estes agentes de defesa, os linfócitos, são produzidos nos órgãos primários (medula óssea e timo) e em seguida são transportados aos órgãos secundários (baço, linfonodos, MALT) onde se encontram e se interagem  para que se efetue a resposta adaptativa, é aqui que os linfócitos iniciam a resposta aos antígenos.