quarta-feira, 13 de abril de 2011

Imunoglobulinas e anticorpos na resposta humoral

        Anticorpos são glicoproteínas plasmáticas que possui a importante missão de se combinar com seu epítopo correspondente provocando sinais que indicam a presença de um invasor no organismo.
        As imunoglobulinas (Ig) são moléculas de glicoproteínas que são produzidas pelos plasmócitos em resposta a um imunógeno e que funciona como anticorpo. Existem cinco classes de imunoglobulinas com função de anticorpo: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM, as quais possuem cada uma suas propriedades biológicas, localizações funcionais e capacidade de lidar com diversos antígenos. A mais abundante no organismo é a IgG, com 75% das imunoglobulinas do plasma.
        Desse modo, podemos dizer que ao falar de imunoglobulina estamos falando de anticorpo, sendo que a imunoglobulina é o que está acoplada e expressa na membrana do linfócito B (IgG, IgM, etc), e o anticorpo é a imunoglobulina secretada da membrana, que possui especificidade igual a da imunoglobulina membranar.
        A estrutura básica das imunoglobulinas consiste em uma forma de Y com regiões específicas: a região variável (Fab), que é distinta e própria de cada tipo de anticorpo e que se liga com o antígeno, e a região constante (Fc) que é semelhante em todas as imunoglobulinas e que se liga com as células e moléculas efetoras.
        Esses anticorpos ou imunoglobulinas agem na imunidade humoral, a qual é mediada por essas células que circulam no sangue e na linfa e que se ligam aos invasores. Após essa ligação dos anticorpos com os antígenos há uma amplificação da resposta inflamatória e da eliminação celular anteriormente iniciada.

estrutura da imunoglobulina


ação do anticorpo na resposta humoral


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Apresentação antigênica


                                                           


         Apresentação antigênica é um processo que ocorre no interior da célula tendo como resultado a fragmentação das proteínas com associação das moléculas do MHC, e apresentação dessas moléculas na superfície da célula onde poderão ser reconhecidas pelo linfócito T. Essa apresentação ao receptor do linfócito T promove sua ativação, o que é chamado primeiro sinal, mas é preciso ocorrer sinais adicionais que são induzidos nas células T por outros receptores aloantígenos-inespecíficos, que é dado o nome de segundo sinal.  
         Todos os indivíduos possuem uma molécula de MHC que é o Complexo Principal de Histocompatibilidade. Ele tem grande importância na resposta imune, principalmente em tecidos e órgãos transplantados, é essa molécula de MHC que faz a apresentação de antígenos às células T.             
         Basicamente, para haver reconhecimento de antígenos, estes devem ser apresentados por certas moléculas aos linfócitos T, que devem ter receptores para reconhecer esses antígenos. Essas moléculas apresentadoras de antígeno (APC) via MHC são:    
       - as células dendríticas, encontradas nos tecidos linfóides, na pele e em outros tecidos. São as células mais eficientes na apresentação antigênica, ingerem os antígenos por pinocitose e os transporta para os linfonodos e o baço.     
       - os macrófagos, que ingerem os antígenos por fagocitose ou pinocitose e são eficientes na ativação de células T de memorização.  
       - as células B, que se ligam aos antígenos via sua Ig de superfície e ingere os antígenos por pinocitose, sendo eficientes também na apresentação de células T de memorização.



                               

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Princípio da Aglutinação - Tipagem Sanguínea



         A reação de aglutinação é a formação de coágulos devido a interação de anticorpos específicos e determinantes antigênicos presentes na superfície de certas partículas como por exemplo nas hemácias. Essa reação é feita para determinar tipagem sanguínea, como também é útil para o diagnóstico de algumas doenças causadas por vírus, bactérias e até doenças auto-imunes.
        Para determinação do grupo sanguíneo o teste usado é a reação de aglutinação, da segunte maneira:
        - de início há quatro grupos de tipo sanguíneo, A,B,AB e O chamado sistema ABO. Existem os antígenos A e B na superfície das hemácias e os anticorpos anti-A e anti-B no plasma;
        - após a retirada da amostra sanguínea do indivíduo, esta é misturada aos soros anti-A e anti-B;
        - se ocorrer aglutinação após a mistura com o soro anti-A, o sangue é do tipo A;
        - se ocorrer aglutinação após a mistura com o soro anti-B, o sangue é do tipo B;
        - se houver aglutinação nos dois soros, o sangue é AB;
        - se não houver aglutinação em nenhum , o sangue é do tipo O.
                                                  

sábado, 19 de março de 2011

Imunógenos e antígenos: definições e características

           Imunógenos são substâncias que induzem uma resposta imune específica. Eles podem ser proteínas( a grande maioria), polissacarídeos ou ácidos nucleicos( geralmente juntos à proteínas). Para que ocorra essa imunogenicidade deve haver alguns fatores, tanto do próprio imunógeno como do sistema biológico dos indivíduos. O imunógeno deve ser reconhecido como estranho ao organismo; ter um tamanho considerável( quanto maior a molécula mais imunogênica ela será); deve ser complexa quimicamente; e ter boa degradabilidade( quando são facilmente fagocitados são mais imunogênicos). Pelos indivíduos deve ter a contribuição dos fatores genéticos, pois as substâncias podem ser imunogênicas em uma pessoa e não em outra, devido alterações nos genes necessários para apresentação do antígeno às células T auxiliares; a idade influencia  pela diminuição de elaborar respostas imunológicas, que pode ocorrer em indivíduos muito jovens ou muito idosos.  
          Antígenos são substâncias que reagem com os produtos de uma resposta imune específica. Podem ser reconhecidos pelas células T, células B ou ambas através dos receptores representados por anticorpos. A relação antígeno-anticorpo é específica, significa que cada antígeno tem o anticorpo direcionável à sua molécula. Um exemplo é a vacinação, ela induz a imunidade adquirida, pois é injetado no indivíduo antígenos de certa doença, os quais vão estimular a produção dos anticorpos que irão atacar aquele determinado antígeno. Há os antígenos T-independentes, que estimulam diretamente as células B a produzirem anticorpo sem o auxílio da célula T( são os polissacarídeos); e os T-dependentes, que necessitam das células T para estimular a produção dos anticorpos pelas células B( são as proteínas).

 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Transplante

        O transplante de órgãos e tecidos é um procedimento cirúrgico que busca substituir um órgão doente por outro normal de alguém que já faleceu. É um processo complexo, porque normalmente o sistema imune ataca um sistema estranho, sendo preciso o máximo de afinidade do receptor com o doador para reduzir essa rejeição.  Os transplantes de órgãos e tecidos são feitos de forma diferente: nos órgãos, é preciso uma cirurgia para substituir o órgão afetado por um normal ligando-o ao organismo receptor, nos tecidos as células são injetadas na corrente sanguínea onde fazem a renovação celular.
         São necessários exames de compatibilidade para realização de transplantes. Para uma transfusão sanguínea deve-se analisar os três antígenos na superfície dos eritrócitos(A,B.Rh), pois são eles que determinam a aceitação ou rejeição do sangue. Para transplantes de tecidos deve-se analisar o HLA ( antígenos leucocitários humanos), quanto maior a compatibilidade dos antígenos HLA, maior a probabilidade de êxito nos transplantes. O transplante de córnea é o mais comum e o mais bem sucedido, pois ela é raramente rejeitada porque não possui irrigação própria e os anticorpos e células do sistema imune não a atingem sendo sua rejeição menos provável que um tecido que possui grande irrigação sanguínea.

TR: tempo máximo de retirada após a morte encefálica do doador
TC: tempo máximo de conservação após a parada cardíaca

sábado, 5 de março de 2011

Participação dos órgãos linfóides secundários na resposta imunológica adaptativa

A imunidade é um conjunto de mecanismos de defesa celular com agentes que estão aptos a reconhecer e responder rapidamente à infecções. Há a resposta inata e a adaptativa. A resposta adaptativa é mais eficiente pois ela é mais específica,ou seja, os linfócitos reconhecem especificamente o agente invasor, existe a participação dos linfócitos B que produzem anticorpos, e dos linfócitos T que são as células de imunidade celular reconhecendo os antígenos e destruindo-os ou destruindo as células já infectadas, estes não produzem anticorpos. Estes agentes de defesa, os linfócitos, são produzidos nos órgãos primários (medula óssea e timo) e em seguida são transportados aos órgãos secundários (baço, linfonodos, MALT) onde se encontram e se interagem  para que se efetue a resposta adaptativa, é aqui que os linfócitos iniciam a resposta aos antígenos.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Função dos órgãos linfóides primários e secundários

Os órgãos primários são o timo e a medula óssea. Nesses órgãos os linfócitos se originam, se proliferam e são maturados. No timo amadurecem as células T e na medula as células B.
Após a produçãodos linfócitos nos órgãos primários estes migram para os órgãos linfócitos secundários que são o baço, os linfonodos e o MALT (tecido linfóide associado a mucosa). É aqui nos órgãos secundários que acontece a verdadeira função dos linfócitos, eles recebem as condições necessárias para realizar a resposta imunológica.
Então os órgãos primários produzem os linfócitos, são encaminhados aos secundários para que lá realizem a função de defesa.